Sempre estamos praticando a regência, seja consciente ou inconscientemente. Ao dizermos "Já volto, vou ao banheiro", estamos corretos, respeitando a harmonia dos termos: o regente e o regido. Mas se dissermos a mesma frase assim "Vou no banheiro", já "melamos" (como dizem os mais despojados) o discurso.
Característica da linguagem oral é utilizar o em + artigo (no/na) no lugar da preposição a.
O termo regente são os verbos; já as preposições, as conjunções subordinativas, os pronomes relativos, os advérbios, os pronomes interrogativos são os regidos.
Para inserir um complemento (como os citados acima) num período é preciso atentar para o sentido da oração. Pois muitos verbos, por exemplo, podem vir em um período com significados diferentes, e por isso vão exigir complementos diferentes.
Exemplo 1: Aspiro ao cargo de liderança. Sentido de almejar, conseguir, desejar, exige preposição a.
Exemplo 2: Aspiro a fragrância da flor. Sentido de cheirar. Não exige preposição, somente o artigo.
É muito interessante saber sobre a questão da regência de verbos e de nomes, pois mesmo aquelas pessoas que não possuem o conhecimento técnico da língua como os professores de português e demais profissionais que lidam diariamente com a escrita, podem usufruir da dinâmica desse processo de utilizar adequadamente verbos e nomes juntamente com seus complementos, qualificando o discurso.
Lógico que quando se fala com alguém, a maioria não se preocupa, muito menos se apercebe dos erros que comete. Porque, embora a correção gramatical seja muito exigida nos processos seletivos e em determinadas carreiras profissionais, a oralidade não é minuciosamente analisada, nem chama assim tanto a atenção, só se for muito iletrada ou incompreensível. Inclusive, até na literatura se nota certo distanciamento da norma culta.
Existem diversos manuais, livros e artigos abordando o tema da regência, mas gostaria de facilitar aqui os usos mais comuns e os mais exigidos nos testes.
Primeiramente segue a regência de alguns verbos notáveis que pedem a preposição a.
Lógico que quando se fala com alguém, a maioria não se preocupa, muito menos se apercebe dos erros que comete. Porque, embora a correção gramatical seja muito exigida nos processos seletivos e em determinadas carreiras profissionais, a oralidade não é minuciosamente analisada, nem chama assim tanto a atenção, só se for muito iletrada ou incompreensível. Inclusive, até na literatura se nota certo distanciamento da norma culta.
Existem diversos manuais, livros e artigos abordando o tema da regência, mas gostaria de facilitar aqui os usos mais comuns e os mais exigidos nos testes.
Primeiramente segue a regência de alguns verbos notáveis que pedem a preposição a.
- Os que exigem a preposição a: aspirar - assistir - avisar - chegar - custar - obedecer (antônimo) - pedir - perdoar - preferir - proceder - querer - responder - visar, etc. Só que para esses verbos exigirem ou regerem a preposição é necessário prestar atenção ao seu sentido na oração.
* Aspirar - sentido de almejar, desejar
* Assistir - sentido de ver, observar/ sentido de caber
* Avisar - sentido de avisar ou informar algo a alguém
* Chegar - sentido de vir ou atingir o alvo
* Custar - sentido de acarretar, ocasionar
* Obedecer / Desobedecer - sempre!
* Pedir - sentido de pedir algo a alguém
* Perdoar - sentido de desculpar
* Preferir - sentido de priorizar
* Proceder - sentido de efetuar
* Querer - sentido de estimar
* Responder - sentido de dar resposta
* Visar - sentido de pretender
Fica fácil harmonizar as palavras quando se entende o contexto em que elas estão inseridas.
Um verbo que equivocadamente muita gente escreve errado, ou seja, sem seguir a orientação da norma culta (gramática) é o implicar. A maior parte das pessoas escreve assim: "O suposto artigo implica em sanar eventuais dúvidas a respeito ...."
Na verdade, o verbo implicar quando tem sentido de acarretar ou pressupor não exige o uso de preposição nenhuma. Diferentemente da construção: "Implicar-se em reuniões longas sem planejamento de nada adianta". Neste exemplo o verbo implicar exige a preposição em porque tem sentido de envolver-se, cercar-se, etc.
Outro verbo complexo é o esquecer, pois em construções do tipo:
"Não(se)esqueça de mim", há a ausência do pronome se, porque o verbo neste exemplo tem sentido pronominal, ou seja, só é conjugado com pronome oblíquo (me, te, se, o, a, lhe, lhes), uma vez que se refere à própria pessoa do discurso, a emissora da mensagem.
Já na oração: "Esquece nossa briga". Está certíssima, porque o verbo neste exemplo tem sentido de esquecer algo. A pergunta que se faz ao verbo é a seguinte: Esquece o quê? e não esquece do quê? Logo, estaria errado a construção: "Esquece da nossa briga".
Lembrando que verbos que exigem preposição são denominados de transitivos indiretos.
Agora os verbos transitivos diretos (sem preposição) também podem se referir a pessoas e a coisas.
Na regência de nomes (substantivos e adjetivos), a preposição a também é exigida.
* Abrigado a
* Acessível a
* Adequado a
* Agradável a
* Análogo a
* Anterior a
* Apto a
* Atento a
* Avesso a
* Benéfico a
* Comum a
* Conforme a
* Contrário a
* Desleal a
* Devoto a
* Essencial a
* Favorável a
* Habituado a
* Idêntico a
* Inerente a
* Leal a
* Natural a
* Nocivo a
* Obediente a
* Peculiar a
* Posterior a
* Rente a (próximo)
* Situado a
* Temível a
* Útil a
* Vedado a
* Vendido a
* Viagem a
* Vinculado a
* Visível a
* Vizinho a
Algumas dessas palavras também podem ser complementadas pelas preposições: com, de, em, para, por, etc.
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