"O profissional de revisão ainda não conseguiu atrair para si o conceito e o apreço que outros obreiros intelectuais de há muito granjearam (...) o desprestígio a que se acham relegados os corpos de revisores é simplesmente contristador. Percebem ínfimos salários e recebem tratamento muitas vezes humilhante no que respeita as relações entre os integrantes dos diversos departamentos funcionais da empresa, tudo ao lado de constantes críticas que sofre o seu trabalho. Todo mundo que erre, menos o revisor..."
(Um revisor).
É muito comum entre nós, os revisores de textos,incluindo os copidesques, compartilhar experiências, muitas vezes "mal passadas".
Já que a principal queixa desses dedicados trabalhadores é a difícil relação com autores e/ou empresas pouco flexíveis. Ou melhor, muito teimosos, tentando ser a mais educada possível aqui. Teimosia pode ser, por vezes, um defeito. Insistir no errado, não permitir que o outro, mesmo sendo especialista ou técnico na área em questão, faça alterações textuais, a fim de melhorar a estrutura e a coerência.
Mas parece que mexer com tais egos não é tarefa fácil.
É necessário entender que o autor de um texto contribui com sua criatividade, com seu pensamento crítico-reflexivo, com sua capacidade de transformação social, enquanto que o profissional do texto, com sua perspicácia e cultura geral - elemento este essencial para um bom trabalho e convencimento de cabeças um tanto limitadas, contribui para a excelência nas apresentações.
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